Fotos: Thonny Hill e Gabriela Figueiroa
A equipe do Blog do Ney Lima inicia mais uma série de reportagens, desta vez falando sobre um dos principais empreendimentos não só em Santa Cruz do Capibaribe, mas que tem relevância imensurável também no Polo das Confecções.
Trata-se do Calçadão Miguel Arraes de Alencar, obra construída após o Moda Center Santa Cruz ao custo superior de R$ 15 milhões e que abriga mais de 4 mil comerciantes em suas lojas e boxes.
Com sua primeira feira realizada no dia 12 de janeiro deste ano, passados quase nove meses de funcionamento, problemas como casos de duplicidade de pontos e instalações elétricas de maneira improvisada nos quiosques entre os setores caminham para um fim, mas ainda há diversos problemas a serem encarados de frente pela Prefeitura Municipal, problemas estes que também iremos mostrar nesta série.
Para esta reportagem, destacamos três pontos: a crise econômica que também chegou ao gigante popular, a falta de uma divulgação mais expressiva do local (fator que coloca o Calçadão apenas como captador da movimentação que passa pelo vizinho Moda Center) e também a precariedade dos acessos diretos, depois da PE-160, ao espaço comercial.
Em tempos de crise, não é difícil encontrar corredores com pouco movimento e comerciantes ainda insatisfeitos com o baixo faturamento, mas todos os que foram ouvidos são unânimes que a nova estrutura do Calçadão trouxe mais comodidade e facilidade, mas destacam que mesmo com movimento menor, os números são muito maiores nas vendas em relação ao antigo poeirão. Dois depoimentos de comerciantes ilustram essa realidade.
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“Graças a Deus, mesmo perante essa crise, nosso movimento cresceu, tanto para gente de Santa Cruz e deu oportunidade para os de fora, mas ainda falta mais divulgação por parte da prefeitura e de uma associação que está para acontecer. Sempre vemos mais o Moda Center, que está sendo bem divulgado. Se o Calçadão fosse divulgado, nessa crise, como o Moda Center, a situação estaria bem melhor” – disse Kelves Murilo, residente em São Domingos e que comercializa há quatro anos na feira livre.
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“Melhorou bastante em relação a infraestrutura, mas por causa desse período de crise, o movimento deu uma caída. Seria bom que houvesse mais divulgação do Calçadão, pois ouvimos falar muito do Moda Center, mas do Calçadão nada. Até agora nunca falaram nada para gente sobre isso e se tivesse mais divulgação, atrairia mais clientes. Propagandas em rádio, televisão, outdoors em outras cidades ajudariam” – Disse Márcio Fernando Vila Nova, residente em Caruaru e que comercializa suas mercadorias há oito anos na feira livre.
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Como se viu, uma das soluções apontadas pela maioria dos relatos dos feirantes é um maior investimento em divulgação externa, já que ainda, segundo eles, não foi apresentado nenhum plano de estratégia pela Prefeitura que divulgue na região, e fora dela, o espaço comercial.
Problemas no acessos diretos de veículos ao Calçadão também são alvos de queixas
Outro ponto de deficiência encontrado está no acesso aos compradores. A PE-160, que passa por obras de duplicação, é a principal rota para o Calçadão, mas o problema está nas duas principais vias de acesso que podem ser usadas para levar os comerciantes diretamente para o local, sem que passem pelo Moda Center.
Uma dessas rotas é a Rua Helena Neres, no loteamento Nova Morada, onde parte dela está pavimentada (mas ainda tem metralhas de reparos no saneamento) e outra parte em estrada de terra. Já na entrada de acesso ao Calçadão, um poste da Celpe também foi flagrado posicionado quase no meio da via que faz o retorno deste trajeto.
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Acesso pelo Rua Helena Neres apresenta alguns problemas
Já a segunda é uma estrada de terra que fica lateralmente ao Moda Center, estrada esta que foi aberta recentemente para dar acesso a um loteamento em fase final de construção, mas que ainda não está pavimentada.
Acesso 02 até o Calçadão
Até o fechamento desta matéria (18h38) deixamos a equipe de assessoria de imprensa da Prefeitura ciente das informações publicadas e a expectativa é que um posicionamento oficial deva ser dado nos próximos dias.